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A Lei Universal
A Lei Universal

A lei universal revela o objetivo da vida

TANTO jovens como idosos amiúde estão inclinados a encarar qualquer controle exercido sobre a sua vida como sendo indesejável. Mas, será que o ressentimento ou a resistência a qualquer regulamentação de nossas ações realmente leva à felicidade? Ou, em vez disso, pode nosso usufruto da liberdade pessoal realmente ser aumentado por nos sujeitarmos a certos regulamentos, agindo em harmonia voluntária com eles — especialmente com os estabelecidos por nosso Criador?

Os benefícios derivados das leis, para nosso usufruto da vida podem ser vistos em certas forças orientadoras ou obrigatórias no universo amiúde chamadas de “leis”. Uma destas é a lei gravidade. Tais leis, que governam as coisas físicas, são inevitáveis. Não podemos desconsiderá-las, nem anulá-las. Não podemos violá-las com impunidade. A penalidade pela violação de tais leis costuma ser executada imediatamente, como quando, por exemplo, alguém pula dum edifício alto.

As leis físicas são também constantes e estáveis. Se não pudéssemos predizer como agiriam dia após dia, faríamos muito pouco trabalho. Se não pudéssemos contar com o nascer do sol, cada dia, ou confiar em que as estações se sigam uma após a outra, em certa ordem, poderíamos perder o juízo. Sem a constância das leis naturais, a vida seria extremamente difícil.

Por exemplo, tome algumas substâncias que conhecemos bem na vida diária. Considere o oxigênio, um gás que temos de respirar para viver. No seu estado normal, é indispensável para a vida humana e animal. Mas, três átomos de oxigênio combinados constituem o ozônio, que é venenoso. Entretanto, requer condições especiais para produzir ozônio na atmosfera. Isto não acontece acidentalmente, nem a qualquer hora ou em qualquer lugar. A ação dos átomos de oxigênio, como em todas as substâncias, é governada por leis estritas, que impedem tais mudanças acidentais. Por isso, não tememos cada inalação de ar, preocupados com que nosso oxigênio se possa transformar em ozônio.

Onde há lei em vigor, precisa haver ordem. A Lei não é uma ocorrência casual, passageira, mas tem relação com o que é contínuo e constante. E quando observamos a existência de tal estabilidade nas leis que governam as coisas físicas, sabemos que há um objetivo nelas. Isto nos ajuda a reconhecer que o Criador tem um propósito em tudo. Deus também teria de manter estas leis e estar pessoalmente envolvido em sustentá-las. Não poderia ser alguém que está “longe” ou que realmente não se importa com o seu universo. — Atos 17:27.

As leis universais merecem plena confiança. Quando os astronautas foram à lua, confiaram nas leis que governam a gravitação e na velocidade e cronometragem exatas da terra e da lua, nas suas órbitas. Sabiam que estas leis operariam de modo fidedigno e com precisão. O mínimo desvio que houvesse significaria que os astronautas seriam lançados para sempre no espaço sideral. Eles dependiam também dos princípios da radiotransmissão e de uma série de outras leis. Tinham confiança — na realidade, fé — na certeza destas leis. Realmente, apostavam sua vida nesta fé. Seu bom êxito é notável testemunho a favor da lei universal. Não nos indica o fato de que os corpos celestes continuam a locomover-se ordeiramente e no tempo exato, sem confusão ou colisão, que seu Legislador os mantém de propósito? — Isaías 40:26.

O OBJETIVO MANIFESTO NA LEI DA PROCRIAÇÃO

A bondade e a sabedoria são evidentes nas leis físicas e no modo em que operam nas coisas vivas. A bondade só se pode derivar dum objetivo inteligente. Um exemplo muito impressionante disso é observado na lei da procriação, estabelecida por Deus. Em que sentido?

Adão e Eva surgiram no cenário terrestre há seis mil anos, segundo a história bíblica. Violaram a lei de Deus — pecaram, e transmitiram defeitos genéticos aos seus filhos. Estes defeitos multiplicaram-se nas sucessivas gerações. Cada geração tem aumentado estas imperfeições, sendo que multidões de pessoas têm feito tudo o que é imaginável, em prejuízo de seu corpo. Muitos tornaram-se beberrões, viciados em drogas e cheios de doenças por causa da imoralidade. Pensamentos maus, ódio e assassinato também têm tido seus efeitos prejudiciais.

Contudo, embora ninguém seja perfeito, a grande maioria dos bebês nascidos hoje estão em condições comparativamente sadias. Têm dois olhos, dois braços, duas pernas e possuem todas as faculdades, podendo levar o que chamamos vida “normal”. Em vista de todas as forças adversas que operam já por milênios na raça humana, isto é quase que milagroso — evidência do amor e do cuidado do Criador para com a humanidade, bem como da boa qualidade e firmeza de sua obra. Visto que ele providenciou com tanto cuidado a continuação da raça humana, embora esta tenha trazido condições más para si mesma, não devíamos crer nele, quando promete dar vida eterna, em condições perfeitas?

LEIS DE MORAL — VITAIS PARA UMA VIDA OBJETIVA

Deus deu as suas criaturas inteligentes outra série de regulamentos: leis de moral. Estas refletem o propósito de Deus num grau ainda maior. De fato, muitas vezes há um propósito expressamente declarado em relação com as leis de moral de Deus. (Por exemplo, leia Deuteronômio 5:16, 33; Mateus 19:17; Salmo 19:7-11; 1 Timóteo 4:8.)

As leis de moral são tão estáveis e tão certas no seu resultado, como as leis que governam as coisas inanimadas e irracionais. Quem viola as leis de moral não pode ‘safar-se com isso’. Estes regulamentos têm cumprimento tão certo como a lei da gravidade, embora a retribuição pela sua violação não seja sempre tão repentina.

A Bíblia expressa do seguinte modo o princípio com respeito às leis de moral: “De Deus não se mofa. Pois, o que o homem semear, isso também ceifará; porque aquele que semeia visando a sua carne, ceifará da carne corrução, mas aquele que semeia visando o espírito, ceifará do espírito vida eterna.” — Gálatas 6:7, 8.

Com “carne”, o apóstolo se referia aos desejos do imperfeito corpo carnal. (Efésios 2:3) Com “espírito”, ele queria dizer o espírito ou a força ativa de Deus, que serve para orientar Seus servos de modo sadio. Paulo ilustra a operação destas forças, em Gálatas 5:19-23:

“Ora, as obras da carne são manifestas, as quais são fornicação, impureza, conduta desenfreada, idolatria, prática de espiritismo, inimizades, rixa, ciúme, acessos de ira, contendas, divisões’ seitas, invejas, bebedeiras, festanças e coisas semelhantes a estas. . . . Por outro lado, os frutos do espírito são amor, alegria, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, brandura, autodomínio. Contra tais coisas não há lei.”

A RECOMPENSA POR SE ‘SEMEAR PARA A CARNE’

Como testemunho a favor da verdade de que não se pode desconsiderar as leis de moral, de Deus, o apóstolo Paulo traz à atenção o que a humanidade tem feito. Ele comenta que os homens têm tido plena oportunidade, por observarem as obras criativas de Deus, de procurar saber mais sobre ele e de servi-lo. Mas, na maior parte, eles o têm rejeitado e têm servido deuses de seu próprio feitio. Paulo prossegue:

“Portanto Deus, em harmonia com os desejos dos seus corações, entregou-os à impureza, para que os seus corpos fossem desonrados entre si . . . É por isso que Deus os entregou a ignominiosos apetites sexuais, pois tanto as suas fêmeas trocaram o uso natural de si mesmas por outro contrário à natureza, e, igualmente, até os varões abandonaram o uso natural da fêmea e ficaram violentamente inflamados na sua concupiscência de uns para com os outros, machos com machos, praticando o que é obsceno e recebendo em si mesmos a plena recompensa, que se devia ao seu erro.” — Romanos 1:24-27.

Esta “recompensa” consistia em muitas doenças; especialmente doenças venéreas. Mas este desvio do que é direito resultou também em dificuldades mentais e em toda espécie de maldade. Apresentando mais pormenores da “recompensa”, Paulo continua, dizendo:

“E assim como não aprovaram reter Deus com um conhecimento exato, Deus entregou-os a um estado mental reprovado, para fazerem as coisas que não são próprias, já que estavam cheios de toda a injustiça, iniqüidade, cobiça, maldade, cheios de inveja, assassínio, rixa, fraude, disposição maldosa, sendo cochichadores, maldizentes, odiadores de Deus, insolentes, soberbos, pretensiosos, inventores de coisas prejudiciais, desobedientes aos pais, sem entendimento, pérfidos nos acordos, sem afeição natural, desapiedados.” — Romanos 1:28-31.

Tal ‘semear para a carne’ tem sido uma das principais causas da história triste da humanidade. No nosso tempo, porém, vemos as obras da carne causar aflição maior do que nunca, em escala mundial. Ódios raciais e nacionalistas, hipocrisia, imoralidade, desonestidade, vício das drogas, crime, vandalismo e terrorismo têm causado grande temor e infelicidade na terra. Segundo a Bíblia, tal violação ampla e flagrante das leis de moral, de Deus, é evidência de que este sistema de coisas está nos seus últimos dias. Lemos:

“Sabe, porém, isto, que nos últimos dias haverá tempos críticos, difíceis de manejar. Pois os homens serão amantes de si mesmos, amantes do dinheiro, pretensiosos, soberbos, blasfemadores, desobedientes aos pais, ingratos, desleais, sem afeição natural, não dispostos a acordos, caluniadores, sem autodomínio, ferozes, sem amor à bondade, traidores, teimosos, enfunados de orgulho, mais amantes de prazeres do que amantes de Deus tendo uma forma de devoção piedosa, mostrando-se porém, falsos para com o seu poder; e destes afasta-te.” — 2 Timóteo 3:1-5.

HIPOCRISIA RELIGIOSA

A última parte da declaração do apóstolo mostra que não deve causar surpresa ver hoje a forma mais repreensível de hipocrisia — haver os que afirmam ser servos de Deus, mas que se mostram falsos para com a sua afirmação. Embora tenham uma forma de devoção piedosa, esta é insincera. Eles não crêem que a piedade lhes traga as verdadeiras riquezas: espiritualidade, vida e paz. De fato, esta não é a espécie de lucro que querem. Sua “forma de devoção piedosa” é mera fachada, para que possam dar uma aparência “santa” a um proceder egoísta e imoral na vida. Conforme diz a Palavra de Deus: “Eles declaram publicamente que conhecem a Deus, mas repudiam-no pelas suas obras, porque são detestáveis, e desobedientes, e não aprovados para qualquer sorte de boa obra.” — Tito 1:16.

Jesus Cristo teve dificuldades com tais homens, entre os líderes religiosos dos judeus. Ele lhes disse: “Hipócritas! Isaías profetizou aptamente a vosso respeito, quando disse: ‘Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está muito longe de mim. É em vão que persistem em adorar-me, porque ensinam por doutrinas os mandados de homens.” (Mateus 15:7-9) Advertiu as pessoas a cuidarem de não praticar sua justiça na frente dos homens, apenas para serem observadas por eles. Ele disse que os hipócritas realizavam seus atos de “misericórdia” nas sinagogas e nas ruas “para serem glorificados pelos homens”. — Mateus 6:1, 2.

Falando sobre o dia em que atuaria como juiz da humanidade, Jesus disse: “Muitos me dirão naquele dia: ‘Senhor, Senhor, não profetizamos em teu nome e não expulsamos demônios em teu nome, e não fizemos muitas obras poderosas em teu nome?’ Contudo, eu lhes confessarei então: Nunca vos conheci! Afastai-vos de mim, vós obreiros do que é contra a lei.” — Mateus 7:22, 23.

Em vista das palavras de Jesus, vemos que Jeová, o Legislador Universal, cuidará de que suas leis sejam cumpridas. Ele intenciona também trazer toda a criação inteligente em plena harmonia com as suas leis de moral, para não haver mais violações. Isto exigirá um julgamento adverso dos violadores persistentes e inconformáveis da lei. (1 Pedro 4:17, 18) Exigirá também consideração misericordiosa para com outros, que violaram leis de moral. (Salmo 103:8-10) Quem seriam estes? Aqueles que pecaram por ignorância, imperfeição e fraqueza. Existe também um espírito mundano, muito similar ao espírito de turba, que motiva as pessoas a violar as leis da honestidade e da boa moral. (Efésios 2:1-3) Aqueles que foram arrebatados por tal espírito talvez lamentem isso mais tarde e recebam misericórdia de Deus. — Lucas 19:8-10; Atos 7:57-60; 1 Coríntios 15:9.

Podemos fiar-nos em tal tratamento justo, mas misericordioso? Sim, porque toda a estrutura da lei de Deus, tanto da física como da moral, tem realmente o objetivo final de beneficiar a humanidade, e não de condená-la.

Portanto, já não é tempo de os sinceros da terra recorrerem ao Legislador universal, para voltarem à harmonia com ele? A obediência às leis dele não é penosa, mas traz liberdade exatamente o inverso do que vemos hoje em dia. — 1 João 5:3; 2 Coríntios 3:17.

Por conseguinte, todo aquele que ama a vida em paz e segurança deve tomar estas coisas a sério e fazer imediatamente ajustes na sua vida. Deve trazê-la o mais possível à harmonia com as leis de Deus. Jeová admoestou a nação de Israel: “Vinde, pois, e resolvamos as questões entre nós . . . Embora os vossos pecados se mostrem como escarlate, serão tornados brancos como a neve.” — Isaías 1:18.

Alguém talvez pergunte: ‘Mas, será que posso resolver as questões com Deus? Importar-se-á Jeová Deus comigo e lidará comigo como pessoa? Talvez eu seja ruim demais para ele me escutar.’ Se Deus está ou não está interessado em você, leitor, é o assunto de nosso exame agora.

Será que Deus considera você importante?

COMO encara Deus a humanidade? Só como massa de gente, ou como pessoas individuais? Ou concede ele o seu favor a um grupo seleto e determinado, desconsiderando os demais?

Para Deus, cada pessoa é importante como indivíduo distinto. (Atos 17:26, 27) Ele “quer que todos os homens se salvem, é venham ao conhecimento da verdade”. (1 Timóteo 2:4, Almeida, revista e corrigida) O apóstolo Pedro, vendo que Deus aceitava os gentios na congregação cristã, exclamou: “Certamente percebo que Deus não é parcial, mas, em cada nação, o homem [a pessoa individual] que o teme e que faz a justiça lhe é aceitável.” — Atos 10:34, 35; 15:8, 9.

Jesus Cristo foi enviado por Deus para se entregar como “resgate correspondente por todos”. (1 Timóteo 2:6) Ele ‘provou a morte por todo homem’. (Hebreus 2:9) Então, seria lógico que o Filho de Deus tivesse uma atitude despreocupada, como que dizendo: ‘Dei o meu sangue vital para todos, mas de que importância é esta uma pessoa? Não faz diferença para mim se perde a vida ou não’? Nunca! Cada pessoa recebe atenção, com oportunidade de viver.

Por causa do sacrifício de resgate de Jesus, ele é o “resgatador” da humanidade. Jeová Deus, por ser o Criador, é dono da raça humana. Mas, como filhos do rebelde Adão, esta foi ‘vendida sob o pecado’ como “escravos do pecado”. (Romanos 7:14; 6:16, 17) Como tais, precisam ser reconciliados ou trazidos de volta a uma boa relação com Deus. (Romanos 5:10) A fim de ajudá-los, Jesus teve de comprá-los, para se tornar seu novo chefe de família ou pai, o “último Adão”, visto que o primeiro Adão os vendera ao pecado. (1 Coríntios 15:45) Esta transação legal foi prefigurada na lei de Moisés, em Levítico 25:47-49.

Por conseguinte, Deus deu a Jesus Cristo “autoridade para julgar, porque é Filho do homem”. (João 5:27) Quer dizer, por tornar-se homem na terra, na semelhança dos homens, mas sem pecado Jesus tornou-se parente chegado deles com o direito e o preço de resgatar a humanidade. (Filipenses 2:7; Romanos 8:3) Seu título “Filho do homem” indica isso. (Hebreus 2:11, 14, 15) Como juiz inteiramente justo, ele não menospreza a ninguém. Ele disse: “O julgamento que faço é justo porque não procuro a minha própria vontade, mas a vontade daquele que me enviou.” (João 5:30) Por isso, não julga segundo a aparência externa nem julga ele o povo em massa, mas segundo a situação e atitude de cada um. — Isaías 11:3, 4; Hebreus 4:15.

Os que ele quer que todos cheguem à situação que os habilite a receber sua bênção. Isto inclui os malfeitores, como indivíduos. a apóstolo Paulo escreveu àqueles que praticavam coisas erradas: “Desprezas as riquezas de sua benignidade, e indulgência, e longanimidade, por não saberes que a qualidade benévola de Deus está tentando levar-te ao arrependimento? . . . E ele dará a cada um segundo as suas obras.” Também o apóstolo Pedro trouxe à atenção a individualidade dos tratos de Deus, quando se referiu a Ele como sendo “o Pai que julga imparcialmente segundo a obra de cada um”. - Romanos 2:4-6; 1 Pedro 1:17.

OPORTUNIDADE PARA TODOS

No entanto, alguém talvez diga: ‘Não adianta nada eu tentar agora servir a Deus. Eu sou tão mau, que não me posso restabelecer. Não há esperança para mim.’ É um sério engano pensar assim. Naturalmente, ninguém é digno no seu próprio mérito, de receber qualquer consideração de Deus. (Romanos 5:6-10) Se fosse exigida a perfeição, todos ficariam eliminados. Mas Deus, pela sua benignidade, registrou exemplos para mostrar que não rejeita a nenhum arrependido, não importa quais as suas obras más no passado. Exige apenas que tal pessoa esteja disposta a aprender o que deve fazer e a fazer um empenho sincero para se harmonizar com Ele. — Isaías 1:18; Revelação (Apocalipse) 22:17.

O apóstolo Paulo era tal exemplo. Anteriormente, estivera envolvido no próprio assassinato de cristãos. (Atos 7:58, 59; 9:1, 2) o próprio Paulo diz: “Fiel e merecedora de plena aceitação é a palavra de que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar pecadores. Destes eu sou o principal. Não obstante, a razão pela qual me foi concedida misericórdia era que, por meio de mim, como o principal caso, Cristo Jesus demonstrasse toda a sua longanimidade, como amostra dos que irão descansar a sua fé nele para a vida eterna.” — 1 Timóteo 1:15, 16.

O Rei Manassés, de Judá, era outro exemplo de um homem muito mau. Tomara a liderança em levar a nação a uma extrema idolatria e rebelião contra Deus. A nação nunca se restabeleceu. (2 Reis 21:11, 16) Mas o próprio Manassés, numa época posterior, arrependeu-se e sua oração foi aceita por Deus. — 2 Crônicas 33:11-13, 16, 17.

O que vale perante Deus é aquilo que alguém faz agora e no futuro, não o que ele ou ela fez no passado. — Ezequiel 33:14-16; Colossenses 3:5-8.

Por outro lado, ninguém deve pensar que receberá o favor de Deus por causa de sua própria bondade ou de seus atos justos. (Romanos 3:10) Com isso negaria o fato de ele ser pecador. (1 João 1:8-10) Tal pessoa iludida rejeita o sacrifício de Cristo como desnecessário. É uma tentativa de ser auto justa por meio de obras — ‘obrigar’ a Deus a aceitá-la por causa de sua própria ‘bondade’ pessoal. (Romanos 4:2-8) Aqueles que têm tal atitude realmente não estão servindo a Deus, mas estão estabelecendo a sua própria norma, em vez de a de Deus. A futilidade deste empenho foi provada pelos judeus, que tentaram obter a justiça por meio da lei mosaica. — Romanos 10:1-3; Hebreus 10:1, 2.

Deus tampouco favorece apenas certa classe de pessoas. Não se compadecia seu Filho, Jesus, de todos? Ou será que ele, por exemplo, usou seu poder curativo apenas para com os seus favoritos ou para com aqueles que lhe podiam dar dinheiro? Não, há muitos relatos de multidões de pessoas se chegarem a ele com toda espécie de doenças e de ele curar a todos. — Mateus 14:14.

A ‘AFEIÇÃO’ DE JEOVÁ AOS QUE O SERVEM

Jeová está sempre disposto a conceder sua ajuda e seu amor a todo aquele que os quiser receber. E a intensidade e constância de seu amor são muito maiores do que nós somos capazes de expressar uns aos outros. Note o amor de Deus a Abraão, Isaque e Jacó que eram homens imperfeitos, mas que o serviam de todo o coração. Séculos depois, Moisés disse à nação de Israel: “De teus antepassados se afeiçoou Jeová, amando-os.” (Deuteronômio 10:15) Ele suportou a obstinação da nação durante séculos, por causa deste amor. — Deuteronômio 7:7, 8.

O amor de Jeová é igualmente grande e duradouro para com os que o servem atualmente. (Romanos 8:38, 39) Ele, a bem dizer, está à espera duma oportunidade para ‘se afeiçoar’ de todo aquele que o invoca em sinceridade e verdade. (Tiago 4:8) “Quanto a Jeová”, diz a Bíblia, “seus olhos percorrem toda a terra, para mostrar a sua força a favor daqueles cujo coração é pleno para com ele”. (2 Crônicas 16:9) “Os seus ouvidos estão atentos às súplicas deles.” — 1 Pedro 3:12.

Quando Jeová olha para a terra e vê as muitas aflições que os homens sofrem, compadece-se muito da humanidade. Seu desejo é ajudar. Embora não faça ‘vista grossa’ à transgressão, não está procurando faltas nas pessoas, mas sim os seus pontos bons. (Salmo 130:3) ‘Lembra-se de que são pó.’ — Salmo 103:14.

Na terra, o Filho de Deus estava ansioso de usar seu poder para ajudar as pessoas. Quando certo leproso lhe disse: “Se, apenas quiseres, podes tornar-me limpo”, Jesus “penalizou-se, e, estendendo a mão, tocou nele e disse-lhe: ‘Eu quero. Torna-te limpo”’, e o curou. — Marcos 1:40, 41.

As curas que Jesus efetuou nas pessoas que se chegaram a ele em busca de ajuda estavam acompanhadas por profunda compaixão. Do mesmo modo, Deus e seu Filho, no tempo atual, mostram preocupação e amor para com todo aquele que interrompeu os assuntos da vida cotidiana para dar consideração às boas novas sobre o propósito de Deus. Será que você, leitor, está agora mesmo examinando a Palavra de Deus, numa pesquisa genuína para saber mais sobre ele? Em caso afirmativo, isto, em si mesmo, já é prova de que ele se interessa em você. Como se pode dizer isso com certeza?

TEMOS DE TER A AJUDA DE DEUS PARA ENTENDER

Esta declaração é verídica, porque Deus vê alguma bondade de coração em todo aquele que sinceramente pesquisa a sua Palavra. Em resultado disso, abre-lhe a mente para entender. Jesus disse: “Ninguém pode vir a mim, a menos que o Pai, que me enviou, o atraia.” (João 6:44) Não poderá entender os propósitos de Deus sem a ajuda do espírito de Deus, sua invisível força ativa, que pode influenciar e dirigir sua mente.

O apóstolo Paulo escreveu: “Ninguém veio a saber as coisas de Deus, exceto o espírito de Deus. [Quer dizer, o espírito de Deus é essencial para nos transmitir os pensamentos e os propósitos de Deus.] Ora, não recebemos o espírito do mundo, mas o espírito que é de Deus, para que soubéssemos as coisas que nos foram dadas bondosamente por Deus.” (1 Coríntios 2:11, 12; veja Atos 16:14.) Sem está ajuda, a confusão deste mundo, sua falta de fé e seu espírito, o que está em oposição a Deus, venceriam você, leitor, porque “a fé não é propriedade de todos”. — 1 Coríntios 2:14; 2 Tessalonicenses 3:2.

Ao responder assim ao esforço que você faz para obter entendimento, Deus demonstra outra bela qualidade para com a sua pessoa. Esta qualidade é o apreço. Sem dúvida, você, leitor, tem e expressa apreço das boas coisas que outros lhe fazem. Mas o apreço sentido pelos homens é muito menos profundo e de coração do que o apreço que Deus tem pelos que mostram ter fé nele e que têm respeito pela sua Palavra. Ele se alegra com tais. Jesus falou até mesmo sobre haver alegria no céu por causa de um só pecador que se arrepende ou que abandona as coisas erradas, a fim de agradar a Deus. (Lucas 15:10) Ora, Jesus disse que aquele que desse mesmo apenas um copo de água fresca a alguém, que ele reconhece como servo de Deus, de modo algum deixaria de ser recompensado. (Mateus 10:42) Deus observa e aprecia cada um daqueles que respeitam teu nome e tratam seu povo com bondade. Portanto, dá seu coração e sua ajuda a tal pessoa — Considere o exemplo registrado em Marcos 14:3-9.

Nós, da nossa parte, devemos corretamente mostrar apreço pela benignidade de Deus em nos ajudar a conhecer seu propósito e em nos dar a oportunidade de obter vida eterna. Devemos ser gratos de que Deus achou bom permitir-nos ser semelhantes àqueles a quem Paulo pregou em certa cidade da Ásia Menor. Ali, os judeus que afirmavam servir a Deus opuseram-se à verdade. Mas o registro diz: “Quando os das nações [os gentios] ouviram isso [sobre a oportunidade de serem aceitos por Deus], começaram a alegrar-se e a glorificar a palavra de Jeová, e todos os corretamente dispostos para com a vida eterna tornaram-se crentes.” (Atos 13:48) Aquelas pessoas apreciavam a benignidade de Deus. Este apreço ajudou-as a serem da espécie de pessoas que Deus tem prazer em aceitar.

A RESSURREIÇÃO, PROVA DO INTERESSE DE DEUS

Uma forte prova do interesse de Deus em cada pessoa é sua provisão duma ressurreição “tanto de justos como de injustos”. (Atos 24:15) Para ressuscitar alguém, Deus precisa saber tudo sobre ele. Apenas com tal informação pode Deus trazer de volta a mesma pessoa, com a mesma personalidade, para que tal indivíduo seja ele mesmo e se reconheça como tal. Isto significa que Deus precisa restabelecer cada pormenor da constituição dele. Isto inclui a sua aparência, suas tendências herdadas, a influência que o ambiente e a experiência tiveram sobre ele, junto com sua memória total. Quanto interesse e cuidado isso demonstra!

Alguém talvez diga: ‘Isso parece impossível.’ No entanto, mesmo hoje em dia, os homens podem fazer um video-teipe ou um filme sobre uma pessoa. Daí, mesmo depois de ela ter falecido, podem projetá-lo numa tela e ver as ações e os movimentos desta pessoa, e ouvir também sua voz. Centenas de pormenores ficam assim registrados. Se os homens podem fazer isso, não poderá então Deus, a quem “todas as coisas são possíveis”, ter um registro dos milhares de pormenores que constituem uma personalidade? — Mateus 19:26; Jó 42:2.

Até mesmo nós, humanos imperfeitos, sabemos muitos pormenores sobre um amigo íntimo, de modo que o podemos descrever com bastante exatidão. No entanto, com o passar do tempo, esta imagem se desvanece. Deus, com perspicácia muito maior, conhece totalmente cada pormenor de todas as pessoas. Sabe o que há no coração de todos. (Hebreus 4:13) Além disso, a recordação que Deus tem de tal pessoa não se desvanece, mesmo que ela já esteja morta por séculos. — Jó 14:13-15.

Por conseguinte, bilhões de pessoas, nos túmulos, ainda estão na memória de Deus em todos os pormenores. (Provérbios 15:11) Mesmo aqueles que não foram sepultados, mas que foram destruídos no mar, por incêndios ou de outro modo, estão do mesmo modo vividamente na sua memória. — Revelação 20:13.

Jesus disse a respeito daqueles que Deus intenciona ressuscitar: “Ele é Deus, não de mortos, mas de viventes, pois, para ele, todos estes vivem.” (Lucas 20:38) Seu poder e sua sabedoria tornam seus propósitos tão certos, que ele “vivifica os mortos e chama as coisas que não são como se fossem”. — Romanos 4:17.

Deus concedeu a Jesus Cristo o poder de realizar a ressurreição. Quando este esteve na terra, demonstrou tal poder em vários casos. — Lucas 7:14, 15; 8:49-56; João 11:39, 43, 44.

Será que alguém poderia dizer de direito, então, que Deus e seu Filho não se interessam nele? Não encontra tal cuidado e interesse por parte de Jeová uma reação no seu coração, leitor? Poderá expressar-lhe seu apreço por aprender mais sobre ele e por incentivar outros a fazer o mesmo. E o que aprender sobre ele será proporcional ao seu esforço sincero de chegar a conhecê-lo. Ele lhe dará para isso a “capacidade intelectual”. — 1 João 5:20.

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