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A vida tem objetivo
A vida tem objetivo

A vida tem objetivo - Parte 1

QUÃO bom é estar vivo, sentir que se realiza alguma coisa e que a vida tem verdadeiro significado! Ninguém gosta mesmo duma vida sem finalidade — duma vida sem objetivo.

Em toda a terra há milhões de pessoas que trabalham arduamente e procuram encontrar felicidade na vida. Contudo, vem a hora em que a gente pára e se pergunta: O que é que estou fazendo? Pode parecer que a vida é apenas uma questão de se viver alguns poucos anos, criar filhos, para levarem avante o nome da família, repetindo então os filhos o mesmo ciclo. Será que não há objetivo maior em tudo isso?

As pessoas sabem também que demasiadas vezes acontece que uma reviravolta econômica, uma guerra ou outra calamidade pode eliminar os esforços de toda uma vida. O que é ainda mais triste é que a perda dum ente querido, por causa de doença, acidente ou crime, pode fazer a vida parecer de repente terrivelmente vazia, sem finalidade. No melhor dos casos, a vida parece curta demais. Comparada com o perene universo em volta ‘de nós, a duração da vida humana se parece ao mero tique dum relógio.

Certamente, deve haver algo melhor em reserva para a humanidade, algo que dê verdadeiro significado à nossa vida. Neste caso, o que é? Para termos a resposta a esta pergunta, temos de obter primeiro a resposta a uma pergunta ainda mais básica: São este universo e toda a vida nele o produto dum “Arquiteto-Mestre”, a saber, de Deus?

EXISTE UM ARQUITETO-MESTRE QUE TEM UM OBJETIVO?

Nosso ponto de vista sobre a origem das coisas pode exercer uma influência muito mais forte sobre como encaramos a vida, e a nossa atitude para com os em volta de nós, do que muitos se apercebem. A incerteza a respeito da existência dum Criador universal pode deixar-nos na dúvida a respeito dum objetivo definido da vida. Também pode deixar-nos na dúvida a respeito de nossas verdadeiras obrigações para com as outras pessoas. Neste caso, o que acontece? Bem, se não tivermos certeza, simplesmente teremos de modelar nossa vida segundo o que cada um achar melhor. Isto significa não ter nenhum padrão específico a respeito do que é certo e do que é errado, nenhum senso real de responsabilidade para com os outros? Não é difícil de ver quantos problemas isso pode causar e quão prejudicial pode ser para o usufruto da vida.

Que motivo há para se crer num Arquiteto-Mestre, num Deus que tem um objetivo? Vendo tanta injustiça e tanto sofrimento, muitos chegam à conclusão de que não há Criador. Mas, talvez despercebam o fato de que há muitas coisas que só podem ser explicadas por uma criação. Quando se mostra a alguém um relógio e se lhe diz que este não foi feito por ninguém, ele não vai acreditar nisso, ou vai? Provavelmente reconhecerá que este instrumento para a marcação do tempo tem um objetivo específico, o que mostra, além disso, que aquele que o fez teve um objetivo em mira. O que diremos então a respeito do infinitamente mais complexo e espantoso universo em torno de nós? O problema talvez seja o de não se entender qual é o objetivo do Criador. Consideremos algumas evidências que mostram que precisa haver um Criador com um propósito.

Os corpos celestes giram nas suas imensas órbitas a velocidades enormes, com precisão espantosa, já por incontáveis milhões de anos. Os planetas orbitam em torno do sol de modo ordeiro; as incontáveis estrelas e os outros corpos celestes estão organizados em galáxias e até mesmo em aglomerados galácticos. Seu tamanho gigantesco e sua assombrosa precisão de movimento fazem o melhor dos relógios parecer extremamente rudimentar, em comparação. Não nos sentimos compelidos a perguntar: Como pode o relógio necessitar dum fabricante, mas não o muito mais espantoso e preciso universo? Além disso, será que algo tão complexo e preciso pode existir sem objetivo?

Dizer que toda esta precisão e ordem surgiram por acaso ou por forças cegas contraria toda a evidência. Será que nós conhecemos algo ordeiro que tenha vindo à existência por mero acaso? Não importa em que pensemos — numa máquina, numa linha de montagem, numa casa ou mesmo numa simples vassoura — cada uma destas coisas foi projetada por alguém: o homem. A matéria inanimada nunca se arranjou sozinha, por acaso, em um produto ou processo ordeiro. Não importa quanto tempo se conceda a isso, a força dos ventos ou o movimento das águas nunca ajuntarão a matéria ao ponto de produzir mesmo a máquina mais simples. Tudo o que é feito com um objetivo requer alguém inteligente que o organize e produza.

Suponhamos que adotemos a atitude de que não há Criador. Neste caso teríamos de dizer que o universo sempre existiu, que a matéria nele é eterna. No entanto, a evidência clara mostra que a matéria não existiu sempre. Por exemplo, sabemos que alguns elementos da terra são instáveis, quer dizer, são radioativos. O urânio, por exemplo, continua a irradiar partículas radioativas até que, por fim, se transforma em chumbo. Mas, se a matéria sempre tivesse existido, não mais haveria hoje elementos radioativos. A radioatividade se teria ‘esgotado’ há muito tempo, assim como a água escoa por fim completamente dum barril furado.

Outra evidência são as temperaturas diferentes encontradas no universo, desde o calor escaldante do sol até o frio gélido do espaço sideral. As leis cientificamente aceitas sobre a operação do calor (chamadas leis da termodinâmica) declaram que o calor sempre passa dum corpo quente para um mais frio, até que ambos tenham a mesma temperatura. Ora, se o universo e a matéria nele tivessem existido eternamente, haveria (segundo a “termodinâmica”) a mesma temperatura em toda a parte, e ainda por cima muito fria! Mas, graças a Deus, isto não se dá. Nosso sol continua a irradiar calor e energia, assim como fazem miríades de outras estrelas. Isto prova que o universo e a matéria de que é composto tiveram início.

Quando os cientistas estudam a matéria, em especial, o átomo, encontram evidência de que toda a matéria é produto de energia — quantidades enormes dela. Antigamente, pensavam que o átomo fosse a forma mais simples de matéria, a partícula básica indivisível de toda a matéria. Mas, depois de anos de estudo, descobriram que a estrutura do átomo é tão complexa, que eles ainda não conseguem desvendar todos os seus segredos. É evidente que a fonte da tremenda energia que formou o átomo, e toda a matéria, e que pôs o universo em movimento, tem de ser uma pessoa, possuidora de um intelecto muito superior ao do homem. Sim, essas coisas constituem evidência poderosa e fatual de que o universo realmente teve origem num tempo específico do passado. Foi criado.

E que dizer do planeta em que todos nós, humanos, vivemos, esta terra? Que evidência dum desígnio inteligente e objetivo é revelada pela sua capacidade de sustentar a vida?

SOL E TERRA — UMA RELAÇÃO PRECISA

Os homens têm produzido usinas atômicas — reatores termonucleares — e sua produção de energia é superior à de outros métodos. Mas, precisam ser constantemente controladas, para não haver uma explosão devastadora. Mesmo assim, já houve alguns acidentes. Ora, os reatores produzidos pelos homens são pequeníssimos e insignificantes em comparação com o nosso sol. Se os potentes processos explosivos que ocorrem no sol fugissem ao controle, a terra ficaria instantaneamente incinerada. No entanto, o sol tem produzido constantemente luz e calor já por bilhões de anos, aparentemente com pouca ou nenhuma alteração. Calcula-se que a conversão de apenas um por cento da massa do sol em energia manteria a atual intensidade de luz pelo menos por um bilhão de anos.

Quão razoável é, pois, concluir que os reatores feitos pelos homens necessitaram um desígnio inteligente, mas que o reator solar muitíssimo maior e muito mais seguro, o sol, veio à existência por mero acaso? Não deveríamos antes atribuir o mérito a um benevolente Arquiteto-Mestre, por ter projetado um “reator” solar que irradia com segurança a quantidade exatamente certa de sua enorme energia através de uns 150.000.000 de quilômetros de espaço, até a nossa terra?

Examinemos mais de perto os fatores que tornam possível que a terra utilize a energia solar dum modo que garante a continuação da vida. A distância entre a terra e o sol é exatamente certa. Se o sol estivesse mais perto, a terra seria quente demais para a vida; se estivesse mais longe, seria fria demais.

A velocidade da rotação da terra provê à terra toda períodos alternados de dia e noite, de duração adequada para o crescimento das plantas. As plantas, pelo uso da energia solar, transformam água e bióxido de carbono em açúcares. Este processo, conhecido como fotossíntese, é vital para a produção de alimentos para os animais e o homem. (Gênesis 1:29, 30) A inclinação da terra sobre o eixo, numa direção fixa, num ângulo de cerca de 23,5 graus em relação à vertical, produz as estações. O tempo que a terra leva para uma órbita em torno do sol faz com que as estações tenham a duração apropriada. Embora a duração do dia e da estação varie um pouco nas diferentes partes da terra, contudo, as abundantes variedades de vegetação recebem a energia necessária para seu crescimento.

NOSSA ATMOSFERA — MEIO AMBIENTE IDEAL PARA A VIDA

Se quaisquer dos já mencionados aspectos fossem alterados substancialmente, significaria um desastre para a vida na terra. No entanto, eles são apenas uma fração das coisas essenciais para a vida. De fato, sem a atmosfera em volta da terra, a luz e a energia do sol seriam inúteis e até mesmo perigosas. A ampla atmosfera da terra protege a vida contra os raios mortíferos. E a própria radiação solar ajuda a atmosfera a produzir uma camada de ozônio, uma forma de oxigênio que filtra os mortíferos raios ultravioleta.

A constituição da atmosfera da terra também é muito importante para a continuação da vida. Por exemplo, nós, humanos, não podemos viver sem oxigênio. Quando o cérebro fica privado dele mesmo apenas por alguns minutos, ele fica seriamente danificado. Disso costuma resultar a morte. Não é excelente que o oxigênio exista em abundância na atmosfera? Mas, por outro lado, o oxigênio torna também possível o fogo. Portanto, a enorme quantidade deste gás em volta de nós poderia ser destrutiva para a vida; poderíamos estar em perigo de ser queimados. Por que não acontece isso? Porque o oxigênio na nossa atmosfera é grandemente diluído com nitrogênio, um gás relativamente inerte.

Além disso, a atmosfera foi preparada como que segundo uma boa “receita”, com outros ingredientes essenciais nas proporções certas — bióxido de carbono, vapor de água, e assim por diante. No sol é necessária uma atmosfera constituída principalmente por hidrogênio, mas na atmosfera da terra, o hidrogênio, por causa de sua qualidade explosiva, seria uma constante ameaça. Se não houvesse um Arquiteto-Mestre com um objetivo, por que haveria tal equilíbrio, como que uma “cooperação”, tanto na atmosfera do sol como na da terra, para a terra estar tão admiravelmente apropriada para a vida, ao passo que o sol, tão longe, está equipado para sustentar essa vida?

A ÁGUA — LÍQUIDO SUSTENTADOR DA VIDA

Além da atmosfera, com a mistura exatamente certa de gases, também a água, na sua forma líquida, normal — em grande quantidade — é essencial para a vida física. Neste respeito, a terra é exclusiva entre todos os planetas. O enorme volume dos oceanos é a base do ciclo das chuvas, que torna possível o crescimento vegetal. Os oceanos impedem também as flutuações extremas de temperatura.

Sem os oceanos, falharia também outro ciclo: o ciclo de oxigênio e bióxido de carbono. O oxigênio é usado pela vida animal, o bióxido de carbono, pela vida vegetal. Os oceanos absorvem e liberam bilhões de toneladas de bióxido de carbono, conforme a necessidade, para manter o estoque sempre em equilíbrio. Naturalmente, os oceanos são também fonte de abundante riqueza mineral e animal. — Deuteronômio 33:19.

A água é um líquido extraordinário, quase “milagroso”. É o líquido de maior poder solvente. Por este motivo, pode armazenar os compostos químicos necessários para sustentar a vida vegetal. A água penetra no solo e dissolve as substâncias químicas, sustentadoras da vida, encontradas ali. Daí, leva consigo estes nutrientes ao passo que circula nas diversas partes das plantas. (Isaías 55:10) A água é o constituinte primário do sangue, que leva a nutrição vitalizadora às células do corpo humano e animal. Nosso corpo, de fato, é cerca de 70 por cento água.

É também notável que a água permanece líquida sob uma ampla variedade de temperaturas normais. Se ela se evaporasse mais depressa, a água da chuva não poderia permanecer sobre o solo ou dentro dele para dissolver os minerais e transportá-los para as plantas. A vegetação perderia a sua umidade depressa demais, e grandes regiões se tornariam em desertos. Se o ponto de ebulição da água fosse muito mais baixo do que é agora, haveria o perigo de nosso sangue ferver, quando ficássemos expostos ao sol quente. Se a água se congelasse ou solidificasse depressa demais, a precipitação pluvial seria insignificante e as plantas morreriam.

Além disso, a água se expande ligeiramente quando se transforma em gelo, de modo que flutua em vez de afundar. Isto impede que os lagos e outros grandes corpos de água congelem totalmente, com o conseqüente prejuízo para a vida. Esta capacidade de expansão desempenha um papel na produção de solo, porque a água penetra nas frestas e nas fendas de rochas e depois se expande, ao congelar, rebentando as rochas, que se transformam em solo fino e arável — tudo isso sem que o homem se precise preocupar.

Por que acontece que, dentro de todos os líquidos, há tanto desta água valiosa na terra? Certamente, isso não ocorreu apenas por acaso. Sua provisão deve ser a obra dum Arquiteto-Mestre — de alguém que realmente se importa com a sua criação viva na terra!

A EVIDÊNCIA É INCONFUNDÍVEL

Deveras, aquele que examina de perto a evidência visível em volta dele pode ver que tem de existir um Personagem supremamente inteligente, um Projetista-Mestre e Criador. Embora este benevolente Projetista não possa ser visto com os olhos naturais, “as suas qualidades invisíveis são claramente vistas desde a criação do mundo em diante, porque são percebidas por meio das coisas feitas, mesmo seu sempiterno poder e Divindade”. — Romanos 1:20.

Alguns exigem ver a Deus antes de crerem na sua existência. No entanto, tem sentido esperar ver Aquele que criou todas estas coisas maravilhosas? Mal podemos olhar diretamente para o sol, e certamente ficaríamos cegos e seríamos queimados se alguns dos sóis maiores estivessem tão perto da terra como o nosso. Então, quanto brilho teria o Criador desses sóis, se ele se revelasse aos olhos humanos! Deus respondeu a Moisés, que pediu para ver a Sua glória: “Não podes ver a minha face, porque homem algum pode ver-me e continuar vivo.” — Êxodo 33:20.

No entanto, se usarmos nossa faculdade de raciocínio, poderemos ver, na criação, uma expressão de ilimitado poder e controle. O acaso ou forças cegas nunca poderiam exercer controle objetivo, nem estabelecer leis. A lei e o controle são evidências das qualidades invisíveis dum Arquiteto-Mestre. Também, o cuidado com que o universo foi composto (inclusive nosso sistema solar e o planeta Terra), provendo-se todas as coisas boas para a vida da humanidade, indica grande amor e muito interesse. Estas são caraterísticas que só podem ser dum personagem inteligente e compassivo.

Mas, importa-se Deus com a sua criação, em nossos dias? Tendo projetado e produzido o universo, interessa-se ainda em lidar com ele? Será que, na mente de Deus, há um futuro para o homem e um propósito para com cada pessoa viva ou que já viveu?

Deus — o generoso dono-de-casa

SUPONHAMOS que você esteja viajando e procurando um lugar adequado para passar as férias. Depois de ir bastante longe, até uma região isolada, encontra um belo jardim. Vê uma casa e chega-se a ela para perguntar a respeito duma possível hospedagem. Para a sua surpresa, há um letreiro na porta, que reza: ‘Bem-vindo. Sinta-se como em casa’! Entrando na casa, encontra tudo o que poderia desejar para uma vida confortável: água, aquecimento, luzes, e mais uma despensa bem provida, com um letreiro: ‘Sirva-se à vontade.’ Qual seria a sua reação? Diria: ‘Isso é inacreditável! Quão generoso e bondoso deve ser o dono desta casa!’?

Na realidade, esta ilustração se ajusta à situação do homem em relação com o Criador da terra, Deus. Veja como o Criador, tal como um generoso dono-de-casa, fez provisões para os que vieram a habitar neste “lar” planetário, a terra:

Um bom lar costuma ter luz, usualmente no teto, e uma suave luz noturna, para que seus moradores não estejam em total escuridão durante toda a noite. A terra tem o sol como fonte primária de luz e a suave luz da lua para ‘dominar a noite’. — Gênesis 1:14-18.

A casa tem uma fonte de energia para aquecimento, para a operação de aparelhos, e assim por diante. A terra tem o sol. Este não só banha a terra com energia, que pode ser utilizada pelo homem e pela vida vegetal, mas a sua ação, no decorrer dos séculos, proveu uma enorme quantidade de combustível, especialmente combustíveis fósseis, tais como carvão e petróleo. Assim como numa casa bem abastecida, estes se encontram armazenados no “porão” da terra, para serem usados sempre que preciso.

Neste “porão”, o Criador colocou também bondosamente ricos depósitos de metais, e deu ao homem a capacidade de encontrar meios para extraí-los dos minérios. Para o agrado especial dos homens e especialmente das mulheres, Ele colocou também neste “porão” pedras preciosas que aumentam o prazer na vida, bem como substâncias químicas essenciais para a vida.

Uma casa precisa também dum bom sistema de encanamento. O “sistema de encanamento” de nossa “casa” terrena é uma maravilha. Se o homem pudesse construir uma montanha, ajuntando um grande montão de rochas e terra, poderiam os homens que vivessem nela obter água pura, fresca e agradável de mananciais nas suas encostas? Vimos montes enormes, criados pelos homens, nas vizinhanças de minas e eles são apenas manchas feias na paisagem. Considere, pois, os princípios maravilhosos de engenharia envolvidos no sistema complexo de canais e pressões subterrâneas, pelo qual a terra, mesmo os montes mais altos, têm um suprimento de água. E onde há pouca ou nenhuma chuva, tal como no deserto do Saara, há lugares onde só é preciso cavar um pouco para se encontrar água.

Assim como em muitas residências boas, onde o piso é coberto para ter beleza e para dar conforto, o Criador também “atapetou” a terra com vegetação, flores e florestas. E com apenas um pouquinho de paisagismo, quão depressa um lugar desolado pode ser transformado num parque! Os lugares maculados pelas atividades do homem são em pouco tempo cobertos por um “tapete” de grama. Rios poluídos, quando se impede a fonte da poluição, logo se limpam sozinhos.

Assim como um bom lar tem uma despensa bem provida, na “despensa” da terra há toda forma de alimentos, nos campos e nos pomares, e nos oceanos. Medite na sabedoria necessária para prover de antemão a vegetação no mar e na terra, os cereais, as árvores frutíferas e as nogueiras, a fim de produzirem regularmente e com abundância durante muitos milhares de anos, para que os animais, os insetos, a vida marinha, e, finalmente, a vida humana, pudessem continuar a existir. O suprimento nunca se esgota. E a terra pode produzir em abundância para alimentar ainda muitos mais, até que Deus declare que ela está ‘cheia’, ao limite confortável. — Gênesis 1:28.

Certamente, nenhum de nós teve qualquer coisa que ver com a fabricação desta bela “casa”. A Bíblia nos diz que é a Deus que “os céus pertencem . . ., mas a terra ele deu aos filhos dos homens”. (Sal 115:16) A maneira em que nosso lar, a terra, está equipado com todo o necessário para o usufruto da vida mostra refletido preparo. E ela nos foi dada de graça! Poderíamos desejar evidência mais convincente, como testemunho da existência dum Criador, que não somente é poderoso e sábio, mas também bondoso e generoso? Na realidade, ele disse a todos: ‘Sirvam-se’, deixando “o seu sol levantar-se sobre iníquos e sobre bons, e [fazendo] chover sobre justos e sobre injustos”. (Mateus 5:45) Realmente, se não fossem a má administração e o mau uso do potencial e dos recursos da terra, por parte do homem, as pessoas, em todos os países teriam verdadeiro prazer em viver neste belo planeta.

O fato de que a terra, com pouca atenção por parte do homem, supriu-lhe todas as necessidades, durante séculos, lança sérias dúvidas sobre a teoria de que ela veio à existência em resultado de forças cegas. Se fôssemos aceitar esta teoria, como explicaríamos o potencial da terra, de prover as coisas para toda a sua população, animal e humana, durante milênio após milênio? Além disso, evidenciam-se, neste respeito, objetivo e desígnio. As forças cegas nunca são capazes nem de ter um objetivo, nem um desígnio preconcebido. — Jeremias 10:12.

A excelência de nosso lar terreno certamente é evidência convincente de que foi criado, sim, mais do que isso, de que foi criado com um objetivo específico, e que não é apenas uma experiência ou um brinquedo nas mãos de algum ser superior. Foi também projetado para existir para sempre. “A terra . . . não será abalada, por tempo indefinido ou para todo o sempre”, diz o salmista inspirado. — Salmo 104:5.

O que a Bíblia diz sobre a preparação da terra como lar para o homem está em plena harmonia com esta conclusão, quanto ao propósito de Deus para com ela. Ficamos sabendo que, quando Deus completou os passos primários na formação e na preparação da terra, ele declarou que sua criação era ‘boa’. Ao término completo do trabalho, ele o declarou “muito bom”. (Gênesis 1:4, 10, 12, 18, 21, 25, 31) Esta declaração divina significa que a obra era perfeita e plenamente adequada para o seu objetivo — com uma excelência além da faculdade de compreensão do homem imperfeito. — Salmo 145:3-5, 16.

Ter-se declarado que a criação terrena era ‘muito boa’ significa também que Deus não precisa intervir periodicamente, a fim de assegurar que a terra produza as coisas necessárias para a humanidade. Não, há muitos milhares de anos atrás, ele gastou muito tempo em preparar e equipar este planeta, a fim de que desempenhasse seu papel designado durante o futuro indefinido. Isto magnifica a sabedoria do Criador. De que modo?

A PREVISÃO DE DEUS

Ora, pense em quanta perspicácia, sim, previsão, foi necessária da parte de Deus, a fim de providenciar que a terra continuasse a sustentar a vida por tempo indefinido. Antes de o homem surgir no cenário, fez-se plena provisão para a vida animal, havendo amplo suprimento de nutrição disponível, na forma de vegetação. Depois, disse-se ao primeiro casal humano a que se ‘tornasse muitos e enchesse a terra’. (Gênesis 1:28) Isto significava que a população da raça humana aumentaria a bilhões. Contudo, a terra continuaria a sustentar a vida vegetal, animal e humana. E isto apesar de milhões de hectares de terra jazerem sem cultivo e os homens terem feito muito para arruinar ainda outras áreas dela. O salmista apreciativo escreveu sobre a maneira grandiosa em que Deus fez as provisões:

“[Jeová] faz brotar capim verde para os animais e vegetação para o serviço da humanidade, a fim de que saia alimento da terra, e vinho que alegra o coração do homem mortal, para fazer a face brilhar com óleo, e pão que revigora o próprio coração do homem mortal. Quantos são os teus trabalhos, ó Jeová! A todos eles fizeste em sabedoria. A terra está cheia das tuas produções.” — Salmo 104:14, 15, 24.

Quão grande é a capacidade da terra para produzir alimentos? O diretor do Escritório das Nações Unidas Para Assuntos Inter-Agenciais e Coordenação disse que, se o potencial agrícola da terra fosse aumentado ao máximo, ela poderia alimentar pelo menos 38 bilhões de pessoas (dez vezes a atual população da terra). Naturalmente, isto exigiria melhor cooperação internacional do que existe agora.

DEUS EXPULSARÁ OS “HÓSPEDES” QUE FAZEM MAU USO DE SUA “CASA”

A humanidade, em geral, não tem motivo para queixar-se, porém, antes, devia apreciar a abundância existente na terra. Nem pode acusar a Deus, de ser parcial. Mesmo os que não o adoram tiram proveito de sua generosidade. O apóstolo Paulo disse a um grupo de pessoas em Listra, na Ásia Menor, adoradores de Zeus e Hermes (Mercúrio): “[Deus] permitiu, nas gerações passadas, que todas as nações andassem nos seus próprios caminhos, embora, deveras, não se deixou sem testemunho, por fazer o bem, dando-vos chuvas do céu e estações frutíferas, enchendo os vossos corações plenamente de alimento e de bom ânimo.” — Atos 14:16, 17.

Mas os homens, em geral, foram “hóspedes” ingratos do Criador. Em grande parte, foram desrespeitosos e desperdiçadores das belas provisões da terra. A ganância produziu o açambarcamento de terras e de alimentos. Tais gananciosos mostraram pouco interesse nos outros “hóspedes” na terra. Em resultado, muitos foram privados das coisas necessárias. A ganância tem sido a base de cruéis e devastadoras guerras. — Veja Tiago 4:1, 2.

Em vista de tal situação, surge a pergunta sobre se a nossa “casa” terrena poderá alguma vez ser posta em ordem. Do ponto de vista humano, isso é impossível. Conforme disse o Rei Salomão: “Aquilo que foi feito torto não pode ser endireitado, e aquilo que é carente é que não se pode contar.” (Eclesiastes 1:15) Mas Deus, como bom dono-de-casa, está interessado na sua “casa” e nos “hóspedes” nela. Não expulsaria o dono-de-casa sensato aqueles que danificassem sua propriedade e não limparia a sua casa em benefício de hóspedes que a apreciassem? Não devemos esperar que Deus faça o mesmo? — Revelação (Apocalipse) 11:18.

Como limpará o Criador a terra, de que se abusou durante séculos? Intenciona ele mantê-la limpa? É possível que a terra se torne um ‘lar ajardinado’, paradísico, permanente, para o homem?

Um lar paradísico nos espera

OUVE-SE cada vez mais a queixa, em todo o mundo, de que ‘o homem está transformando a terra num enorme depósito de lixo’. Será que isso vai acontecer realmente?

Apesar de todos os danos causados pela ganância e violência do homem, este planeta ainda está cheio de beleza — de vales luxuriantes, montes cobertos de neve, cataratas, praias orladas por palmeiras, e uma grande variedade de vida vegetal e animal. Devemos pensar que o Criador de tudo isso permita que a humanidade administre e use tão mau os recursos da terra, que este esplêndido planeta se transforme num globo sem vida? O bom raciocínio diz que não. Então, o que pretende Deus para a nossa terra? As coisas materiais, visíveis, criadas, podem contar-nos algo sobre o Criador da terra, mas não podem dizer-nos tudo o que precisamos saber. Não nos podem dizer quais são os objetivos de Deus para o futuro. Então, quem ou o que nos pode dizer isso?

Para sabermos isso, precisamos de alguma Revelação do próprio Criador. A fim de que os homens não estivessem em escuridão a respeito de Seu propósito, o Deus Todo-poderoso, Jeová, proveu uma Revelação em forma escrita. Esta é encontrada na Bíblia. É verdade que este livro foi escrito por homens. Mas eles admitiram que não registraram a sua própria sabedoria. Um dos escritores da Bíblia, o Rei Davi, declarou: “Foi o espírito de Jeová que falou por meu intermédio, e a sua palavra estava na minha língua.” (2 Samuel 23:2) Certamente, não era difícil para Aquele que projetou o cérebro humano ativar os processos mentais de homens dum modo que os habilitasse a escrever os pensamentos Dele. Sendo a Bíblia o único livro antigo a fazer a afirmação de ter sido inspirado pelo Criador da terra, Jeová Deus, nenhuma outra fonte pode fornecer-nos qualquer idéia sobre o que ele intentou para a terra e o homem sobre ela. — 2 Timóteo 3:16, 17.

A PROMESSA DUM PARAÍSO FEITA POR JESUS

Certas palavras proferidas há mais de dezenove séculos, por um homem inspirado, a um criminoso indicam claramente um grandioso futuro. Este homem inspirado era Jesus, amplamente reconhecido como profeta e um dos maiores instrutores que já viveu. A Bíblia o identifica como o prometido Messias ou Cristo, o Filho de Deus, que existia como pessoa espiritual antes de nascer como homem. (Mateus 16:13-16; Lucas 1:30-33; Filipenses 2:5-7) Jesus Cristo disse ao malfeitor: “Estarás comigo no Paraíso.” — Lucas 23:43.

Esta promessa de Jesus Cristo foi entendida de diversas maneiras pelos leitores da Bíblia. Muitas traduções da Bíblia citam Jesus como dizendo: “Em verdade te digo, hoje estarás comigo no paraíso.” (Centro Bíblico Católico) Em vista da pontuação, alguém poderia concluir que o malfeitor estaria com Jesus no paraíso naquele mesmíssimo dia. Deve-se notar, porém, que no texto grego original aparece pouca ou nenhuma pontuação. Isto torna necessário que o tradutor escolha o lugar da pontuação. Por isso, as palavras podem também ser pontuadas para rezar: ‘Em verdade te digo hoje, estarás comigo no paraíso.’ A idéia transmitida assim indica que o malfeitor estaria com Jesus no Paraíso num tempo futuro.

Este entendimento das palavras de Jesus harmoniza-se com o restante da Bíblia. Naquele dia, quando morreu, Jesus não foi para o céu, nem para outro lugar intermediário. Estava morto no Hades, no domínio da sepultura, durante três dias (ou parte deles). — Mateus 27:62-66; Atos 2:24, 27.

Além disso, o malfeitor teria entendido a referência de Jesus ao “paraíso” em harmonia com o uso então corrente. E qual era? Um paraíso era um jardim ou parque. Aquele homem não era discípulo de Jesus, e por isso não fazia nenhuma idéia sobre um paraíso celestial. Os livros da Bíblia, disponíveis naquele tempo, não apresentavam aos crentes a oportunidade de viver no domínio espiritual, com Deus. Foi só com a vinda de Jesus Cristo que se trouxe à atenção a esperança de vida nos céus invisíveis. (2 Timóteo 1:10) Embora os discípulos de Jesus o ouvissem falar sobre o “reino dos céus”, nem mesmo eles compreendiam plenamente o que isto significava. (Mateus 13:24, 31, 33) Mais tarde, perguntaram ao ressuscitado Jesus Cristo: “Senhor, é neste tempo que restabeleces o reino a Israel?” (Atos 1:6; compare isso com as palavras anteriores dos apóstolos a Jesus, em João 16:17, 18.) De modo que pensavam ainda em termos da terra, esperando que Jesus estabelecesse seu reino em Jerusalém. Visto que os próprios discípulos de Jesus não compreendiam plenamente coisas celestiais, naquele tempo, então, como podia o malfeitor imaginar que Jesus estava falando de outra coisa, e não dum paraíso terrestre?

A promessa que Jesus fez ao malfeitor está de acordo com as declarações da Bíblia, de que a terra foi feita com um objetivo. Deus “não a criou simplesmente para nada, [mas] a formou mesmo para ser habitada” (Isaías 45:18; Salmo 104:5) Seria desarrazoado supor que Deus, depois de ter gasto séculos na preparação da terra, com tanto cuidado, a destruísse ou deixasse erma, só porque algumas pessoas não a apreciavam. Na realidade, a própria terra tem o potencial de ser o lugar mais deleitoso para se viver.

PREDITA UMA “NOVA TERRA” PARADÍSICA

É digno de nota de que o conceito dum paraíso terrestre já era conhecido por muito tempo aos conterrâneos de Jesus, os israelitas. Quando se mudaram para a Terra da Promessa, esta lhes parecia como um paraíso. Jeová, por meio de Moisés, descreveu-a como sendo muito mais bela e produtiva do que até mesmo o opulento vale do Nilo, onde haviam vivido, dizendo:

“Pois a terra à qual vais para tomar posse dela não é como a terra do Egito de que saístes, onde semeavas a tua semente e precisavas irrigar com o teu pé, como a uma horta de verduras. Mas a terra à qual passais para tomar posse dela é uma terra de montes e de vales planos. Ela bebe a água da chuva dos céus, uma terra pela qual Jeová, teu Deus, está zelando. Os olhos de Jeová, teu Deus, estão continuamente sobre ela, do princípio do ano até o fim do ano.” — Deuteronômio 11:10-12.

Numa anterior descrição da terra, Moisés havia dito:
“Jeová, teu Deus, te introduz numa terra boa, uma terra de vales de torrente de água, de fontes e de águas de profundeza surgindo no vale plano e na região montanhosa, uma terra de trigo e de cevada, e de videiras, e de figos, e de romãs, uma terra de azeitonas e de mel, uma terra em que não comerás pão com escassez, em que não carecerás de nada, uma terra cujas pedras são ferro e de cujas montanhas extrairás o cobre.” — Deuteronômio 8:7-9.

Por meio de seu profeta Isaías, Deus predisse com muita antecedência que a nação de Israel seria levada ao exílio, pelos seus inimigos, por causa de sua desobediência. Então, a sua anterior terra paradísica ficaria desolada. Mas, ao dar esta profecia, Deus não deixou a nação sem esperança, porque disse: “Eis que crio novos céus e uma nova terra; . . . crio Jerusalém como causa para júbilo e seu povo como causa para exultação.” (Isaías 65:17, 18) Deus prometia ali o restabelecimento da nação na terra de Judá, tendo novamente Jerusalém por capital. Os “novos céus” não seriam novos céus invisíveis, mas a governança da terra de Judá, exercida por Zorobabel, da tribo de Judá, um governo sobre o país. A “nova terra” era um povo arrependido, purificado e disciplinado, trazido de volta à sua terra desolada, que este começou a cultivar e a embelezar. Restabeleceram ali a adoração de Jeová Deus e reconstruíram o templo em Jerusalém. — Esdras 3:1, 2, 10.

No seu empenho de embelezar a terra de Judá, para alcançar sua anterior condição paradísica, os israelitas receberam ajuda direta da parte de Deus, conforme indicava a profecia de Isaías a respeito de seu retorno. Deus prometera: “O ermo e a região árida exultarão, e a planície desértica jubilará e florescerá como o açafrão.” (Isaías 35:1, 2) De modo similar, o salmista disse que, se a nação fosse obediente a Deus, “Jeová, da sua parte, dará o que é bom, e a nossa própria terra dará a sua produção”. — Salmo 85:12.

UMA GLORIOSA “NOVA TERRA” NOS ESPERA

Tem esta profecia, sobre uma “nova terra”, algo que ver conosco, hoje? Sim, é um vislumbre do que Deus fará para a terra inteira. Séculos depois de Isaías ter profetizado, o apóstolo Pedro escreveu aos cristãos espalhados pela então conhecida terra, dizendo: “Há novos céus e uma nova terra que aguardamos segundo a sua promessa, e nestes há de morar a justiça.” (2 Pedro 3:13) Esta vindoura sociedade da “nova terra”, portanto, ocupará uma região muito maior do que a da antiga Judá.

Além disso, a visão do apóstolo João, registrada no livro bíblico de Revelação ou Apocalipse, não deixa dúvida de que, no cumprimento final, a sociedade da “nova terra” habitará o globo inteiro. O apóstolo João escreveu: “Vi um novo céu e uma nova terra; . . . ‘Eis que a tenda de Deus está com a humanidade, e ele residirá com eles e eles serão os seus povos.’” (Revelação 21:1-3) A expressão “novos céus” refere-se ao governo de Deus, exercido desde o céu, onde se encontra o seu trono. (Mateus 5:34) No tempo devido, a humanidade praticará exclusivamente a adoração verdadeira de Deus, e o favor, a ajuda e a proteção de Deus estarão com ela. Os “novos céus” concederão bênçãos à humanidade, na terra embelezada. — Salmo 115:16.

Que tal belo destino para a terra é o propósito de Deus é demonstrado pelos seus tratos com a raça humana. Segundo a Bíblia, o primeiro homem, Adão, foi informado de que morreria apenas pela desobediência. Portanto, se tivesse permanecido obediente, nunca teria morrido. (Gênesis 2:17; 3:19) Teria continuado a viver e o jardim paradísico teria continuado como lar do homem perfeito, dado por Deus. Ao passo que a família de Adão aumentasse, ela teria estendido o paraíso à terra lá fora, sob a direção de Deus.

Depois do pecado de Adão, Deus indicou à descendência de Adão que ele não havia abandonado seu objetivo para com a terra. Prometeu produzir um “descendente”, uma descendência, que seria o libertador da humanidade. (Gênesis 3:15) Com este propósito para com a raça humana, Deus permitiu que Adão tivesse filhos. Estes podiam viver tendo esta promessa por esperança.

Mais tarde, esta esperança dum paraíso futuro foi reforçada pela Revelação dada a Abraão, de que o “descendente” viria por meio de sua linhagem e ‘abençoaria todas as famílias da terra’. (Gênesis 22:18) Cerca de oitocentos anos mais adiante, na corrente do tempo, Deus disse ao Rei Davi, de Jerusalém, que seu descendente se sentaria para sempre no trono. (2 Samuel 7:12, 13, 16) Tudo apontava para um filho da linhagem de Davi superior a todos os reis anteriores daquela linhagem. Este seria o Messias (que significa “ungido”), o qual ocuparia para sempre o trono de Davi (Salmo 45:6, 7; Gálatas 3:16) O apóstolo Paulo aplicou esta profecia a Jesus Cristo, o Filho de Deus, nascido na terra na linhagem de Davi. Paula disse sobre ele: “Deus é o teu trono para sempre”, quer dizer, Deus é o alicerce e o sustento do trono de Cristo, por todo o tempo vindouro. — Hebreus 1:8, 9.

Em todos os Salmos, escritos durante um período de séculos, fez-se repetidas vezes referência ao governa justo de Deus sobre a terra, “por tempo indefinido” e “por tempo indefinido, para todo o sempre”. (Salmo 9:7, 8; 10:16, 17; 29:10; 145:21) Todas estas profecias têm cumprimento no governo de Jesus Cristo, a quem Deus ressuscitou dentre os mortos e enalteceu à posição mais elevada depois de si mesmo. (Efésios 1:20-22) O Salmo 37:29 revela que os homens viverão para sempre neste lar paradísico, declarando: “Os próprios justos possuirão a terra e residirão sobre ela para todo o sempre.”

ANTES DO PARAÍSO, UMA TERRA PURIFICADA

Mas, surge a pergunta: Como assegurará Deus que haja paz permanente na terra, para não se estragar o usufruto da vida? Assim como um homem começaria com uma limpeza de sua casa, por expulsar os maus inquilinos, Deus intenciona preparar o caminho para uma paz permanente na terra renovada, por purificá-la dos maus elementos. Fez isso para o antigo Israel, quando expulsou as nações cananéias, corrutas, que haviam estado na posse da terra, a fim de que Israel pudesse possuí-la em paz. — Levítico 18:24-27.

Atualmente, muitos gostariam de ver paz e justiça na terra. Mas, o atual sistema de coisas — dominado por poderosos elementos religiosos, políticos e comerciais — mantém o povo numa garra firme. É difícil para as pessoas fazerem o que é direito. E as boas novas do propósito de Deus para com a terra sofrem a oposição dos clérigos dos sistemas religiosos dominantes, do crescente ateísmo e dos canais de notícias e propaganda. A Bíblia diz que as nações andam ‘na improficuidade das suas mentes, ao passo que estão mentalmente em escuridão e apartadas da vida que pertence a Deus, por causa da ignorância que há nelas, por causa da insensibilidade dos seus corações’. — Efésios 4:17, 18; veja João 3:19.

Este sistema de coisas cobriu a terra como que com um véu cegante. Mas Deus promete arrancar este véu. Ele disse profeticamente que destruiria “a coberta que cobre todos os povos, e o véu que está posto sobre todas as nações”. — Isaías 25:7, Imprensa Bíblica Brasileira.

Jesus Cristo, como Rei celestial, trará o fim deste sistema de coisas no que a Bíblia chama de “a guerra do grande dia de Deus, o Todo-poderoso”. (Revelação 16:14) Aqueles que procuram fazer o que é direito não precisam temer esta guerra, porque ela será seletiva, eliminando os que prejudicam seu próximo e que não querem servir a Deus. Estes iníquos, por meio de seu egoísmo e de sua ganância, “arruínam a terra”, e por isso eles mesmos terão de ser arruinados. — Revelação 11:18; 2 Pedro 2:9.

De modo que Deus promete eliminar o sistema de coisas que oprime o povo. Junto com isso, Deus intenciona também eliminar aqueles que persistem em enganar, defraudar e oprimir seu próximo. (Salmo 72:4; 103:6) Enquanto tais “inquilinos” permanecem na “casa” terrena de Deus, não pode haver paz e felicidade para aqueles que sinceramente as desejam. Não ha outra maneira. O preço dum paraíso é a eliminação desses gananciosos. A regra é: “O iníquo é resgate para o justo.” Diz o provérbio: “O justo é quem é socorrido mesmo da aflição, e em lugar dele entra o iníquo.” Quer dizer, o iníquo, que causa aflição, recebe retribuição, o que dá ao justo alívio da aflição. — Provérbios 21:18; 11:8.

Tal eliminação do atual sistema mundial, no qual a religião falsa, a política, o comércio e o materialismo predominam, removerá a injustiça e a opressão. A Bíblia compara o instrumento usado a um grande vendaval: “Eis que certamente sairá o vendaval de Jeová, o próprio furor, sim, uma tormenta rodopiante. Rodopiara sobre a cabeça dos iníquos. A ira de Jeová não recuará até que ele tenha executado e até que tenha realizado as idéias de seu coração. Na parte final dos dias, dareis a isso vossa consideração com compreensão.” — Jeremias 23:19, 20.